quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Fobia versus fome de viver.


Eu tenho Acrofobia, que para quem não sabe o que isso é medo de altura, um medo desmedido e irracional.

Sempre que preciso passar por um viaduto, subir uma escada rolante, uma escada normal que seja, necessito de um trabalho interno violento de superação. E faço! Porque necessito viver.

Imagine você que está lendo essa crônica agora o que é para essa pessoa aqui voar, ou como diz o bom mineiro, andar de avião. É um mantra desde a sala de embarque até o pouso de que tudo irá ficar bem e sempre sorrindo que é para não dar bandeira do tamanho da aflição.

Na minha última aventura, que foi para Buenos Aires, na ida pegamos mais turbulências do que andar de montanha russa. Acredito que deveria ter um cartão no embarque em que marcássemos o item: (x) Sem emoção.

Mas, não. Dessa vez foi com todas as emoções possíveis, o avião balançando, uma menina gritando que iria cair, meus pés mais suados que dias intensos de calor e a mão de meu pobre marido sendo esmagada silenciosamente.

Nessas horas coloco São Pedro louco, certeza. Até imagino, ele desesperado com tanta oração e frases confusas, intercaladas com não quero morrer, chegando até Deus e pedindo a interseção na ajuda:

- Deus essa mulher necessita muito de ti. É tanta prece, que acredito que ela está em um perigo terrível.

Ao que Deus, conhecendo essa sua filha aqui, impassível responde:

- Há essa Luciana, inventou de voar de novo? Se acalme São Pedro, logo ela aterrissa.

E é assim mesmo, a fobia que tenho não ultrapassa a fome que tenho de viver e a curiosidade de conhecer tudo que me cerca.

São Pedro que aguente minhas preces na próxima viagem!




Luciana Barbosa.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Metamorfoses.



Hoje na aula de Literatura, analisamos Metamorfose de Kafka. O livro já havia me impressionado e trazer ele pra minha vida me causou bons questionamentos sobre a valorização humana.

Nós geralmente não nos valorizamos ou somos valorizados da forma correta. Deixamos para o outro "enxergar o nosso valor".

Aí eu pergunto. Se somos profissionais, se fazemos algo pela empresa, se não mostramos porque estamos fazendo sinceramente você acha que eles não acharão isso normal?

Se temos um relacionamento, se somos dedicados, amáveis e não mostramos que fazemos por amor e não obrigação, você acha que o outro vai se preocupar em retribuir?

A vida é sim uma troca. Você pode ter a mesma capacidade de um outro profissional, se cobrar 50% do valor dele, pode ter certeza que ele será melhor valorizado pelo mercado. Ele se deu valor, isso faz toda a diferença.

Se você desenvolve complexo de inferioridade perante seu companheiro, pode ficar certo, ele passará a te enxergar assim.

Nossas metamorfoses acontecem todos os dias, em várias circunstâncias. Temos apenas que abrir os olhos e reconhecer, porque mudanças são sempre bem vindas.

E por favor não confunda valorização com prepotência e arrogância, isso são universos paralelos e não ajudam em nada.

Luciana Barbosa.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Para grandes mudanças, pequenos atos!

Se você quer, precisa mudar é necessário primeiro que você realmente assuma determinadas ações e pare de culpar os outros pela infelicidade em seu caminho.
Para se ter amigos verdadeiros, a regra é simples. Mereça-os.
Seja verdadeiro, não fale mal pelas costas de quem realmente pode gostar muito de você. Falsidade tem data de validade e pode te deixar sozinho.
Se quer bons pais, seja bom filho. Você já tem uma dívida enorme porque ganhou a vida, então não se esconda atrás de velhas desculpas, como aquela que você não pediu para vir ao mundo.
Você nunca saberá definitivamente o esforço, a renúncia e o amor dispensado para sua criação. Então tenha pelo menos a dignidade de respeita-los antes que seja tarde.
Se quer alguém para caminhar ao seu lado, seja mais tolerante, mais amoroso, compreensivo e se coloque diversas vezes no lugar do outro. Há! E saiba pedir desculpas e se retratar, isso é sempre um bálsamo para a alma. Evite magoar, o amor não funciona com tantas costuras.
Seja feliz com o que tem mas, nunca com o que é. Sempre podemos ser melhores mas, pare de perseguir modelos impostos pela mídia. Se aceite, se ame, se valorize.
Saiba que se não tentar, nunca irá conseguir, isso é lógica.
Seja melhor com o próximo, exerça educação, respeito. Isso cabe em qualquer lugar.
Não queira mudar a vida alheia, consertar os outros, comece por você.
Então, viva! Não seja expectador da história que te pertence e cujo roteiro é você quem escreve o final.

Luciana Barbosa.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Tristeza.

Não que eu goste, ficar triste é desgastante, pedante, literalmente entediante.
Mas daí, nesses dias de tristeza com ou sem motivos e extremamente involuntárias é que nasce sempre a grande ironia da vida. O outro lado.
Porque pobre de você que está lendo este texto e só enxerga um lado da vida, viver já não é fácil e se formos os pessimistas de plantão, valhei-me Deus!
Tristeza é sempre um caminho de reflexão, de silêncio interior, de um encontro mais real conosco.
Porque sejamos verdadeiros, em meio a euforias constantes dá pra pensar?
Nunca consigo. Sou limitada.
Então aproveite seu dia, mesmo que seja os de tristeza. E que não sejam permanentes, porque a vida exige constante mudanças, principalmente de humor.

Luciana Barbosa