terça-feira, 10 de agosto de 2010

Simplicidade.


Não sei em que momento me perdi, nem mesmo sei se realmente me perdi ou se já era assim. Sei que não gostaria de ter sido engolida pelo sistema, de poder seu mais eu e não fazer nada quando bem entendesse.
Gostaria de ser criadora dos meus caminhos e não criatura de uma sociedade que não para nunca. Ok. Estou sendo pessimista.
Mas como explicar que quanto mais temos, mais necessitamos?
Isso conta não só para dinheiro, que é o que move o mundo, mas tudo! Queremos mais conforto, carros melhores, casas maiores. Queremos para inflar nosso ego, mais seguidores nas infinitas redes sociais, mais popularidade e reconhecimento e olha que geralmente nem seres humanos dignos somos. A maioria de nós se pudesse ser comparado á um livro, seria apenas uma capa bonita, sem um conteúdo que realmente valesse a pena ler.
Ando revendo meus valores e acreditem, estou tentando cultivar um pouco mais de educação, de paciência, de amor ao próximo e me livrar de um bocado de soberba, de vaidade e conversas vazias.
Sei que pra me deixar feliz, é preciso pouco. Eu que de vez em quando, me deixo seduzir pelas idiotices do mundo e esqueço-me da simplicidade da vida, que só nos pede pra sorrir e respirar bem devagar.

Luciana Barbosa.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Esqueça o verbo sublimar.


Nós mulheres temos mania de sublimar o amor. Queremos o homem e o relacionamento perfeito. Levando em consideração ainda, quando nós encafifamos de arrumar o que não tem conserto. E isso, caríssimos, é mais comum em nosso mundo feminino do que vocês homens, possam imaginar.
Não conseguimos ser lindamente independentes e muito menos racionais, no melhor sentido da palavra, quando a questão envolve qualquer sentimento.
Passamos a sublimar. E aí, dá-lhe!
O caboclo passa a ser o companheiro perfeito, o relacionamento aquele que deveria durar uma vida e o pior, começamos a nos questionar onde erramos. Sempre nos colocamos a culpa.
E sabe que na maioria das vezes temos razão em nos culpar? Sim porque queremos sempre o que não temos. Ou se o companheiro não oferece o mínimo do que necessitamos, ficamos sofrendo para ficar costurando um amor que na maioria das vezes só existe na nossa cabeça.
Vamos combinar? Sejamos mais realistas. Nisso admiro os homens, eles sabem se posicionar e quando querem algo é preto no branco sem mais delongas.
Não há como achar perfeição nos outros se nós mesmas não somos perfeitas e digo mais, nenhum ser o é.
Então coloquemos nosso pé no chão e vamos trabalhar com o que temos mesmo ou sermos suficientemente corajosas para colocar a fila para andar, ou como diz uma amiga minha, dar linha na pipa, soltar o cabelo pra dançar e ser feliz.
Porque amadas, cada amor é único e cada suspiro é válido!

Luciana Barbosa.