domingo, 29 de novembro de 2009
Este ano.
Este ano, pela primeira vez, notei uma ruga em meu rosto e tive a sensação de que o tempo é implacável e que nunca estaremos preparados pra isso.
Este ano, aprendi que o amor não deve ser nunca sublimado, porque mesmo cercado de cuidados, ele vive de constantes adaptações e nem sempre é fácil.
Também este ano entendi que amigos verdadeiros são sim, contados, infelizmente, nos dedos e que possuímos ao longo da vida mais conhecidos que preenchem nosso currículo social do que amigos que são a nossa base forte para seguir e que os poucos e bons amigos que temos fazem toda a diferença na nossa caminhada.
Este ano aprendi que menos é sempre mais.
Que não quero morrer de trabalhar e que tenho o hoje para viver, amanhã sempre será algo que pode nunca chegar.
Este ano assisti a muitos filmes, li poucos livros, experimentei sabores diferentes e por várias vezes, mesmo rodeada de gente, me senti sozinha e sem lugar.
Ah, este ano! Tive crises de riso impagáveis, crises de choro incontroláveis e mantive a esperança de que tudo tende a ser melhor por mais que não seja.
Também consegui enxergar, que não sou eterna, insubstituível e necessária o quanto gostaria de ser para os que mais amo e que isso não é o fim, e sim, a sequência natural da vida por mais que doa e dói.
E mais uma coisa, aprendi que o mundo não para enquanto sofro e que nossas dores não devem ser eternas, e isso depende exclusivamente de mim.
E olhando pra trás percebo que todos os anos são complementos e que sempre esperamos o próximo para recomeçar na esperança de sermos um pouco mais felizes.
Luciana Barbosa.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário